Um novo estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (IIASA), da Áustria, propôs uma análise que quantifica os efeitos da mudança climática a partir das desigualdades sociais. Com isso, a pesquisa conclui que os 10% mais ricos do mundo são responsáveis por cerca de dois terços do aquecimento global observado desde 1990.
Estima-se, especificamente, que a pegada de carbono daqueles que compõem os 1% mais abastados da população contribuiu com 26 vezes a média global para aumentos mensais de calor extremo — e 17 vezes mais para secas na Floresta Amazônica. Detalhes da investigação foram compartilhados em um artigo publicado nesta quarta-feira (7) na revista Nature Climate Change.
O projeto lança luz sobre as ligações entre a desigualdade de emissões baseada na renda e a injustiça climática, ilustrando como o consumo individual teve impactos desproporcionais em eventos extremos.
Vale lembrar que as áreas mais afetadas foram justamente aquelas que, historicamente, contribuíram menos para as emissões globais, como a Amazônia, o Sudeste Asiático e o sul da África.
Fonte: Revista Galileu