Entre 1990 e 2021, mais de um milhão de pessoas morreram por ano devido à resistência a antibióticos. Até 2050, estima-se mais 39 milhões de mortes, ao todo. As informações estão em um estudo publicado na revista científica The Lancet. Essa é a primeira análise de tendências de resistência microbiana na população a nível global.
Esse tipo de resistência acontece quando bactérias e outros patógenos evoluem a ponto de não responder mais aos medicamentos. No caso das crianças, a tendência é que as mortes por bactérias resistentes caiam pela metade no período estimado. Mas veremos mais que o dobro de mortes entre pessoas de 70 anos ou mais até 2050.
O estudo fez estimativas com base em dados hospitalares, registros de mortes e dados sobre uso de antibióticos para 22 patógenos (micróbios causadores de doenças), além de 11 síndromes infecciosas. Entraram na análise 84 combinações de patógenos e medicamentos. A pesquisa analisou pessoas de todas as idades em 204 países e territórios.
“Os medicamentos antimicrobianos são um dos pilares da saúde moderna, e o aumento da resistência a eles é um grande motivo de preocupação”, disse Mohsen Naghavi, líder da equipe de pesquisa em micróbios resistentes à remédios no Institute of Health Metrics (IHME), Universidade de Washington, EUA, em comunicado. “Entender como as tendências de mortes do tipo mudaram ao longo do tempo e como é provável que mudem no futuro é vital para tomar decisões informadas que ajudem a salvar vidas.”
Fonte: Revista Galileu