Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (6) indica que 45% dos brasileiros notam efeitos prejudiciais das redes sociais em sua saúde mental – 10% dos entrevistados mencionaram um impacto extremamente negativo. Os dados foram reunidos por uma pesquisa Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, e fazem parte do ‘Panorama da Saúde Mental’, um monitoramento sobre a saúde mental no Brasil.
A pesquisa se baseia em um questionário online, respondido por 4.381 maiores de 16 anos em todo o país. As perguntas focavam em uma série de fatores ligados à saúde mental, como confiança, foco e vitalidade. Depois, os cientistas traduziram as respostas em números, que se encaixavam em uma escala de zero a 1.000 pontos.
Esta foi a terceira coleta dessas informações, realizada trimestralmente ao longo do ano. No entanto, foi a primeira vez em os padrões de consumo de conteúdo nas redes sociais e como eles podem impactar a saúde mental dos usuários foram analisados.
Os efeitos das redes
O levantamento mostrou que 45% dos brasileiros teve seu emocional abalado pelo uso de redes sociais nos últimos 15 dias. Desse número, 10% classificaram como um impacto muito negativo. Essa taxa é ainda maior entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, com 15% deles expressando uma sensação “muito negativa”.
O impacto de cada plataforma também foi avaliado. Os usuários que acessam o X (antigo Twitter) registraram a menor pontuação (458) em relação a outras redes, seguido pelo LinkedIn (495) e o Instagram (542). Os usuários do Facebook foram os que apresentaram pontuação mais alta, de 758.
Com relação ao conteúdo consumido, 46% dos entrevistados preferem vídeos curtos, como reels e conteúdos do TikTok, enquanto apenas 14% optam por conteúdos em texto. Os consumidores de vídeos curtos apresentaram um índice médio de 602, menor que o 636 registrado entre os leitores.
Fonte: Revista Galileu