A China pretende lançar em 2026 uma missão que colocará, novamente, uma bandeira na superfície lunar. Diferente do que aconteceu em 1969 na missão Apollo 11 dos Estados Unidos, a bandeira chinesa é projetada com fios em seu interior que permitirão que ela se agite por meio de eletromagnetismo.
Uma bandeira que se movimenta na Terra não tem o mesmo comportamento na superfície lunar. Na verdade, a ausência de vento na Lua faz com que o tecido fique simplesmente pendurado na haste – uma imagem um tanto sem graça para um registro histórico.
Na Terra, fixar uma bandeira na haste a partir de dois pontos na mesma lateral — um na parte superior e outro na parte inferior — é suficiente para que ele se movimente livremente com o vento. Já na Lua, a bandeira da Apollo 11 precisou ser dividida em três seções: o mastro, dividido em duas partes verticais, e uma barra horizontal acoplada à seção superior do tecido para segurá-lo.
“Depois de levantar a bandeira, vários fatores fizeram com que ela parecesse estar voando [durante a missão]”, observou Annie Platoff, bibliotecária da Biblioteca da Universidade da Califórnia e especialista na colocação de bandeiras na superfície lunar pelo programa Apollo.
A expert cita primeiro que havia rugas na bandeira, já que a mesma estava bem embalada, aumentando a ilusão de que estaria tremulando. Outro fator que contribuiu, segundo ela, para esse balanceado aparente foram as roupas dos viajantes espaciais: “Os astronautas nem sempre conseguiam estender a barra horizontal até o fim – afinal, eles estavam trabalhando com trajes espaciais pressurizados e luvas muito pesadas –, o que fazia com que a bandeira se amontoasse em alguns lugares”, afirmou, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu