Uma equipe formada por biólogos da China, dos Estados Unidos e de Singapura descobriu que os microplásticos consumidos por pequenos mamíferos levam apenas algumas horas para chegar aos seus cérebros. O estudo foi conduzido a partir de testes com ratos de laboratório, e seus resultados renderam a publicação de um artigo na revista Science Advances na última semana.
Pesquisas anteriores já provaram que os microplásticos fazem parte do ambiente a ponto de estarem presentes nos corpos de quase todos os indivíduos da Terra. Embora ainda não se saiba ao certo quais os danos desse consumo, a maioria dos especialistas concorda que os prejuízos muito provavelmente existem.
No rastro do plástico
O novo experimento funcionou da seguinte maneira: primeiro, cientistas alimentar amcamundongos com água contaminada com micro e nanoplásticos fluorescentes. A ideia era rastrear onde os pedaços iriam parar dentro dos corpos.
Com o conhecimento de que o plástico faria seu caminho do trato digestivo para a corrente sanguínea, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como microscopia de dois fótons para capturar imagens dos pedaços dentro das veias dos animais. Além disso, suspeitando que os menores detritos poderiam chegar aos seus cérebros, a equipe instalou pequenas “janelas” em seus crânios.
Por meio dos dados obtidos, os pesquisadores notaram que os pedaços de plástico tendiam a ficar acumulados, como carros em um engarrafamento. Ao olhar mais de perto alguns dos trechos de engarrafamento no cérebro, os pesquisadores descobriram que os pedaços de plástico tinham sido capturados por células imunológicas, o que levou a ainda mais engarrafaementos.
Fonte: Revista Galileu