O ovo perfeito é cozinhado em 32 minutos, segundo a ciência

Atire a primeira pedra quem nunca resolveu preparar um ovo cozido e acabou deixando-o tempo demais (ou de menos) na água, e precisou comê-lo mesmo estando com uma consistência diferente do seu gosto. Pois é, nenhuma experiência é individual – aqui na GALILEU, nós também conhecemos o drama.

Mas saiba que os seus dias como um cozinheiro amador, sem nenhum método científico, podem estar contados. Isso porque um novo estudo parece ter encontrado a receita para chegar ao ovo perfeito, com uma clara mais mole, sem perder a viscosidade e o formato da gema.

E o melhor: para chegar a esse ponto, o “ovo periódico”, como ficou conhecido, exige apenas água, um fogão e 32 minutos de paciência. Seu resultado foi aprovado por oito especialistas sensoriais, que atestaram a qualidade de seu sabor e odor.

Os desafios do ovo perfeito

O principal desafio de cozinhar um ovo reside no fato da gema e da clara apresentarem composições diferentes, explica Emilia Di Lorenzo, engenheira italiana que liderou a pesquisa, em entrevista à ScienceNews. Isso significa que as proteínas em cada parte do ovo se desfazem em temperaturas diferentes; as da gema a 65°C e as da clara a 85°C.

A dificuldade de se aquecer duas partes de um único alimento em temperaturas diferentes uniu a pesquisadora ao cientista Ernesto Di Maio, também da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália. O laboratório de Di Maio investiga “condições de contorno variáveis” em temperatura e pressão para criar dois processos internos diferentes em materiais. No caso, para aquecer partes de um mesmo ovo a temperaturas diferentes.

Fonte: Revista Galileu