Contrariando protocolos médicos tradicionais, que limitam a prática de esporte e atividades física no caso de pessoas com cardiopatias congênitas, uma pesquisa feita com pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostra que se exercitar é seguro e proporciona resultados benéficos à saúde, como melhoria na capacidade física, na composição corporal e no aumento do fluxo sanguíneo muscular. Estes parâmetros refletem na qualidade de vida dos pacientes e em sua autonomia para realização de tarefas do dia a dia.
A pesquisa é de autoria de Daniela Regina Agostinho, especialista em Reabilitação Cardíaca e profissional de Educação Física. Em seu estudo, foram recrutados 42 pacientes com cardiopatia congênita, isto é, alguma malformação na estrutura ou na função do coração adquirida durante o desenvolvimento fetal.
Eles foram divididos em dois grupos: um (o grupo GT) que cumpriu o programa de exercícios físicos domiciliares propostos pela pesquisa, e um grupo controle (o GC), que recebeu orientações para manter suas atividades diárias sem participar de programas de treinamento físico.