O curso de extensão Educação das Relações Étnico-Raciais: reflexões, tensionamentos e possibilidades para as práticas pedagógicas está com inscrições abertas até o dia 21 de abril. A iniciativa é organizada pelo Núcleo de Educação da Infância (NEI/UFRN) juntamente com a Secretaria de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (SEBTT/UFRN) e a Secretária de Infraestrutura (Sinfra/UFRN). A formação é gratuita e voltada para docentes da educação básica e estudantes de licenciatura. Há 80 vagas no total.
As aulas serão de forma híbrida e acontecerão nos meses de maio e junho. O encontro presencial acontece na sexta-feira, dia 9 de maio, das 14h às 17h, no auditório do NEI, com transmissão ao vivo no Youtube. O link será disponibilizado em breve. Os demais eventos, que serão on-line, acontecerão nas terças-feiras, dias 13, 20, 27 de maio e 6 de junho. A carga horária é de 30 horas.
O curso prevê uma formação teórico-prática sobre a educação das relações étnico-raciais nas três etapas da educação básica: ensino infantil, ensino fundamental e o ensino médio. As aulas estão fundamentadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que reconhecem a importância de uma educação voltada para o respeito e valorização da diversidade étnico-racial no ambiente escolar.
“Esse curso é uma iniciativa de grande relevância para a educação básica e para a própria UFRN, porque ele parte de uma perspectiva de valorização da diversidade cultural, de promoção da igualdade racial, considerando que tantos nossos estudantes, quanto a nossa sociedade é diversa. Essa diversidade é rica e simboliza a riqueza do nosso país”, afirma uma das organizadoras do projeto e assistente social da secretaria de educação básica, técnica e tecnológica da UFRN, Daiane Gomes.
Para Daiane, os espaços das instituições, principalmente na educação básica, são ambientes primordiais de discussão e construção de uma visão de mundo antirracista. “Pensar em uma educação a partir dessa perspectiva é possibilitar que a gente consiga avançar no processo de combate a esse racismo e de desconstrução dos estereótipos em torno da população negra, indigena e quilombola. Repassando o reconhecimento de toda contribuição cultural, histórica e econômica desses povos, a partir do ambiente educacional”, afirma.
“A ideia do projeto é que os profissionais da educação, tanto professores, quanto técnicos, consigam fazer e pensar em suas atividades, aulas e todos seus planejamentos pensando na valorização da identidade racial diversa, dos estudantes e das famílias, que fazem parte da comunidade acadêmica, no sentido antirracista mesmo — no sentido de valorização dessa diversidade racial que a gente tem no país”, ressalta Daiane.