Universo pode morrer bem antes do que se esperava, sugere este estudo

O fim do Universo pode estar bem mais próximo do que se esperava, segundo revelam cálculos de três cientistas holandeses sobre a chamada radiação Hawking, que é a radiação térmica emitida por buracos negros devido a efeitos quânticos.

Segundo a equipe, o fim do cosmos deverá ocorrer daqui a cerca de 10^78 anos (o número 1 seguido de 78 zeros). Antes, acreditava-se que o fim do Universo demoraria bem mais: só ocorreria dentro dos próximos 10^1100 anos (1 seguido de 1100 zeros).

Divulgada nesta segunda-feira (12), a pesquisa será publicada em breve no periódico científico Journal of Cosmology and Astroparticle Physics. O artigo, ainda não revisado por especialistas independentes, já está disponível no site arxiv.org.

O estudo é uma continuação de outra pesquisa, publicada em 2023, pelo mesmo trio de autores da Universidade Radboud de Nimega, na Holanda: o especialista em buracos negros Heino Falcke; o físico quântico Michael Wondrak e o matemático Walter van Suijlekom.

No artigo anterior, os cientistas mostraram que não apenas buracos negros, mas também outros objetos, como estrelas de nêutrons, podem “evaporar” por meio de um processo semelhante à radiação Hawking – aquela emitida por buracos negros. A conclusão despertou questionamentos dentro e de fora da comunidade científica sobre quanto tempo esse processo levaria.

Agora, os cientistas finalmente solucionaram essa dúvida. De acordo com os pesquisadores, levará cerca de 10^78 anos para que as anãs brancas, os corpos celestes mais persistentes, decaiam devido à radiação do tipo Hawking.

“Portanto, o fim definitivo do universo chega muito mais cedo do que o esperado, mas, felizmente, ainda leva muito tempo”, afirma em comunicado Falcke, que é o principal autor do estudo.

Fonte: Revista Galileu