Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, e da Universidade de Berna, na Suíça, questiona uma das evidências mais promissoras da existência de água em estado líquido na superfície de Marte.
Durante décadas, astrônomos vêm observando faixas estranhas que percorrem penhascos e paredes de crateras no planeta vermelho. Enquanto alguns cientistas interpretavam essas marcas como fluxos de água, indicando que o planeta teria tido água corrente no passado, a nova pesquisa sugere uma explicação alternativa: um processo seco ligado à ação do vento e à movimentação de poeira. O estudo foi publicado nesta segunda-feira, 19, na revista Nature Communications.
Para chegar a essas conclusões, a equipe utilizou aprendizado de máquina para criar um grande banco de dados com as características dessas faixas em encostas marcianas. Essa abordagem também permitiu uma análise detalhada do relevo e constatou a ausência de evidências que sustentem a ideia de que água líquida estaria atualmente fluindo na superfície do planeta.
Fonte: Revista Exame