RN tem resultados positivos no controle do tabagismo

O Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com a finalidade de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo e defender as políticas para redução do consumo de tabaco. O tema internacional da campanha de 2017 é “Tabagismo como um obstáculo para o desenvolvimento”.

O Programa Estadual de Controle do Tabagismo do Estado do Rio Grande do Norte conseguiu reduzir, no período de 2006 a2015, a prevalência de fumantes maiores de 18 anos de 13,5% (253.497 pessoas) para 8,0% (170.756 pessoas).

“Hoje, aproximadamente 65 municípios do Estado oferecem na rede SUS tratamento para as pessoas que desejam parar de fumar, com fornecimento de medicamentos gratuitamente. A terapia é baseada em sessões em que profissionais treinados pela SESAP/INCA ajudam os fumantes a identificar situações que os levam a fumar e a conviver com elas. Dos participantes de todo o processo de tratamento, que dura um ano, 40% a 50% param de fumar definitivamente”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo do RN, Lizabeth Guimarães.

O SUS oferece atendimento gratuito às pessoas que desejam parar de fumar, inclusive com o uso de medicamentos ministrados em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina. Nos casos em que o paciente apresenta alto grau de dependência, são usados antidepressivos.

De acordo com o Inquérito Telefônico sobre Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, realizado em 2015, entre pessoas de 18 anos ou mais, residentes em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a prevalência de tabagismo variou de 4,6 a 14,9% nas cidades estudadas.

No Brasil, a prevalência de fumantes, em 2015, foi 10,4%. Na avaliação do conjunto da população adulta de Natal, a frequência de fumantes foi de 13,5% em 2006 e 8,0% em 2015, sendo maior no sexo masculino (17,5% e 10,6%) do que no sexo feminino (10,3% e 5,8%).

O Programa está fundamentado em quatro estratégias centrais desenvolvidas em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e Educação: eliminar a exposição à fumaça do tabaco; regulamentar as embalagens dos produtos; promover a cessação do ato de fumar e controlar o mercado ilegal.

AVANÇOS E DESAFIOS

Comércio – Proibir o comércio fixo e ambulante e o consumo em eventos de grande proporção de pessoas, como eventos esportivos (em ambientes abertos ou semiabertos).

Fiscalização – Fiscalizar o comércio de produtos derivados do tabaco em eventos públicos (shows, casas de eventos) e locais fechados, onde é proibido seu uso

Legislação – Promover campanhas de divulgação da legislação antifumo.

Recursos financeiros – Disponibilizar recursos financeiros com a finalidade de fortalecer o programa educativo de prevenção ao uso do tabaco.

População e educação – Abolir o conceito de áreas de fumantes (“fumódromos”) e assim extinguir completamente áreas reservadas para fumantes em ambientes públicos, particularmente bares e restaurantes.