Comparação de digitais mostra que homem preso não é motorista que matou 19 pessoas em Carnaval no Baldo

O morador de rua preso na manhã de ontem (26) não se trata do motorista de ônibus Aluízio Farias Batista, que atropelou e matou 19 pessoas no carnaval de 1984 em Natal, no episódio que ficou conhecido com Tragédia do Baldo. A confirmação que não se tratava dele veio após a comparação de digitais feita no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN). Mais cedo, a Polícia Militar havia informado que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) havia prendido o homem que seria o culpado pelas mortes  há quase 37 anos. O morador de rua foi preso em Neópolis, na zona Sul de Natal.

O homem detido não teve a identificação confirmada. As digitais dele não constam no sistema do Itep. O instituto suspeita que ele seja registrado em outro Estado.

O caso

Ao se reconstituir a história do acidente constatou-se que no dia do acidente, o motorista Aluísio Farias Batista havia sido informado pela empresa de ônibus onde trabalhava que deveria permanecer além do expediente para transportar membros da escola de samba Malandros do Morro que iriam do Alecrim para as Rocas. Segundo relatos de testemunhas, na madrugada do dia 25 de fevereiro de 1984, Aluísio já irritado com o comunicado da empresa ficou ainda mais raivoso com a euforia dos sambistas dentro do ônibus e, como reação, o motorista passou a dirigir com excesso de velocidade.

O resultado da imprudência foi a colisão com um Fusca que estava parado próximo ao Baldo. A batida acabou por desgovernar o ônibus que terminou por atropelar uma banda de música e o bloco carnavalesco Puxa-Saco, que desfilava na rua. Como saldo do atropelamento morreram 19 pessoas e outras 12 ficaram gravemente feridas. Aluísio Farias Batista, que já tinha sido condenado por outro atropelamento, fugiu imediatamente do local e continua foragido.

Fonte: Tribuna do Norte