Brasileiros criam sistema para prever epidemias de dengue e febre amarela

Num ano marcado pelo surgimento de um novo coronavírus, velhos conhecidos dos brasileiros continuaram a causar estragos: dengue, chikungunya, zika e febre amarela afetaram a saúde de centenas de milhares de pessoas país adentro. Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que foram contabilizados mais de 979 mil casos suspeitos de dengue no Brasil ao longo de 2020.

Outras moléstias infecciosas transmitidas por picadas de mosquitos também tiveram números relevantes: foram quase 80 mil notificações de chikungunya, cerca de 7.000 de zika e 19 de febre amarela. Os cientistas classificam essas quatro doenças como endemias. Isso significa que elas acontecem com frequência e se repetem há anos em algumas regiões específicas de nosso continente. Mas será que é possível prever novos surtos e impedir que os números de casos e mortes subam vertiginosamente?

Essa é a missão de um grupo de cientistas espalhados por mais de dez instituições nacionais e internacionais. Eles acabam de lançar um projeto ambicioso, que vai monitorar o comportamento desses vírus pelos próximos cinco anos. A partir daí, eles pretendem criar modelos que permitirão se antecipar às futuras crises de saúde pública causadas por essas enfermidades.

Fonte: BBC Brasil