Cientista brasileira cria produtos que inativam o coronavírus em 30 segundos

Apenas 40,3% das certificações de doutorado na Plataforma Lattes em 2020 são de mulheres, de acordo com o projeto Open Box da Ciência, responsável por pesquisas de mulheres cientistas. Em contraste, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um comunicado em fevereiro deste ano ressaltando que as mulheres são 70% dos profissionais de saúde à frente do combate à pandemia.

É neste meio que mulheres como Alexsandra Valério se destacam como exemplo de cientistas que estão trabalhando desde os primeiros sinais da chegada do coronavírus ao país. Com o agravamento da crise sanitária, a demanda por ferramentas de auxílio no combate ao novo coronavírus aumentaram e movimentam a indústria de saúde mesmo um ano depois do início da pandemia no Brasil.

Liderando uma equipe de 10 pesquisadores, com 70% de presença feminina de mestres ou doutoras, Valério se dedica a desenvolver ferramentas nanotecnológicas para inativar micro-organismos na TNS Nano, empresa de nanotecnologia. Em seu currículo, ela contabiliza quatro pós-doutorados nas áreas de engenharia, polímeros e biotecnologia e mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. A cientista foi responsável pela criação de um aditivo antiviral capaz de inativar o Sars-CoV-2 após 30 segundos de contato. “São esferas pequenas, quase do tamanho do vírus, que tem o poder de atacar a barreira em volta do vírus e destruí-la”, diz a doutora em entrevista à EXAME. “Elas são como guerreiras.”

Fonte: Revista Exame