O novo ministro da Defesa, Braga Netto, tem encontro marcado com os comandantes das Forças Armadas hoje, às 8h30. Mas, antes mesmo dessa conversa formal, o general Edson Leal Pujol, do Exército, foi avisado de que deverá deixar cargo. O presidente Jair Bolsonaro está irredutível em relação a isso.
Os comandantes da Marinha, Ilques Barbosa Junior, e da Aeronáutica, Antônio Carlos Muaretti Bermudez, podem continuar em suas funções, se assim desejarem. Mas, no Exército, a ordem expressa do Planalto é por mudança. Não há mais diálogo entre o presidente e Pujol, que é contra a politização nos quartéis e defende medidas rígidas contra a pandemia do novo coronavírus.
Pela regras em vigor, os três comandantes, que são escolhidos por meio de listas tríplices, podem renunciar aos cargos. São funções políticas. Esse movimento está colocado entre as alternativas. Tudo vai depender da conversa com Braga Netto, que pedirá um voto de confiança. O general Fernando Azevedo e Silva, demitido do Ministério da Defesa, era o último anteparo para a retirada de Pujol do comando do Exército. Com a queda do general, será natural a saída do comandante do Exército.
Fonte: Correio Braziliense