Aos poucos, os portugueses estão de novo saindo de casa, depois de cerca de dois meses de lockdown. Em meados de março, o governo em Lisboa eliminou algumas restrições e apresentou um plano que deve resultar numa certa normalidade, nas vidas pública e privada, a partir de 3 de maio. Na segunda-feira (05/04), novos relaxamentos entraram em vigor. No início de 2021, o cenário era completamente outro: as infecções não paravam de aumentar em Portugal. E isso apesar de, ainda em meados de dezembro, a tendência ser de queda. Na semana antes do Natal, as autoridades registraram 246 resultados positivos de coronavírus para cada 100 mil habitantes. Até o fim de janeiro, o número chegou a 885.
Tanto a média móvel de novas infecções por cem mil habitantes em sete dias como a incidência de mortes eram, então, as maiores do mundo: havia 30 mortos por milhão de habitantes. A Alemanha chegou a enviar 26 soldados para Lisboa, para apoiar o sistema de saúde português. Aí, em meados de janeiro, o governo do primeiro-ministro António Costa tomou uma decisão drástica e praticamente paralisou a vida social em Portugal com um lockdown. O remédio foi amargo, mas funcionou: os números que subiam rapidamente passaram a cair rapidamente, e quatro semanas depois, a média de sete dias de novas infecções por cem mil habitantes caiu para menos de 100. Hoje ela está abaixo de 30.
Fonte: DW Brasil