Começou nesta quinta-feira (22) Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo governo dos Estados Unidos. Os governantes de mais de 40 países participam do evento, que também serve como uma preparação para a COP26, um fórum das Nações Unidas sobre o mesmo tema, marcado para novembro. No encontro, o presidente Jair Bolsonaro prometeu reduzir emissões e pediu “justa remuneração” por “serviços ambientais” prestados pelo Brasil.
EUA: redução de 50% das emissões até 2030, zero emissões em 2050
O presidente Joe Biden, que organizou e abriu o encontro dos líderes, afirmou que os Estados Unidos, responsáveis por 15% das emissões globais, tem um plano para cortar em 50% os gases de efeito estufa até o ano de 2030. Biden fez um discurso em que salientou diversas vezes a necessidade de criar uma economia verde, com infraestrutura e empregos sustentáveis.
China: deixar de usar carvão como fonte de energia
Xi Jinping, da China, afirmou que o país vai limitar o consumo de carvão mineral como fonte de energia entre os anos de 2021 e 2025 e acabar com esse tipo de geração energética nos anos seguintes, com o fim total em 2030. No ano passado, Xi já havia dito que o pico de emissões da China se dará antes de 2030, e que a neutralidade será atingida em 2060.
Canadá: corte de 40% a 45% das emissões
Justin Trudeau, do Canadá, afirmou que o país já fez uma revisão de sua meta e que até 2030 o plano é cortar as emissões de 40% a 45% em relação ao nível de 2005. “Seguiremos a jornada para emissões zero”, disse ele. Trudeau ainda lembrou que o país proibiu alguns tipos de plástico e está plantando árvores.
Alemanha: neutralidade até 2050 e acabar com o uso de carvão mineral
Angela Merkel começou seu discurso dizendo que estava feliz ao ver que os EUA estão de volta. “O mundo precisa da sua contribuição”, disse ela. A Alemanha, assim como outros países da Europa, usa como parâmetro as emissões do ano de 1990. Ela afirmou que pretende ter 55% menos emissões em 2030, e que o país dará sua contribuição.
França: colocar um preço na emissão de carbono
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que é preciso incluir os custos ambientais no comércio de bens e serviços e que sem isso não haverá uma transição para uma economia verde. “Agir para o clima significa regulamentar, e regulamentar em um nível internacional. Se nós não estabelecermos um preço para o carbono, não haverá transição”, disse ele.
Rússia: regulamentar investimentos estrangeiros
A Rússia poderá propor uma mudança de condições para investimentos estrangeiros que tenham como objetivo construir projetos de energia limpa no país, disse Vladimir Putin. Ele afirmou que a Rússia já reduziu suas emissões em relação aos níveis de 1990.