O site Spartacus, de uma das maiores revistas LGBT do mundo, a Spartacus Gay Guide, divulgou na última semana o ranking 2019 de países seguros para a comunidade LGBT e apontou que, sob o governo Bolsonaro, o Brasil se tornou um país menos seguro para essa população.
Do 55º lugar em 2018, o Brasil despencou 13 posições e agora figura na 68ª posição, atrás de países como Estados Unidos (39º), Porto Rico (35°), Moçambique (41°), Cuba (47°), Costa Rica (47°) e Bolívia (41°). Em 2010, sob o governo de Dilma Rousseff, o Brasil chegou a ser o número 19 da lista.
O ranking leva em consideração as políticas de inclusão para LGBTs em cada um dos países e critérios que abrangem desde leis que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo até violência.
No Brasil, não há uma lei que especifique o casamento homossexual, mas a união civil entre LGBTs é permitida com base em precedentes julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte, inclusive, está julgando a criminalização da homofobia. O placar está em 4 a 0 para que a discriminação contra gays seja transformada em crime de racismo.
São necessários que mais dois ministros votem a favor da criminalização. O julgamento, porém, não tem data prevista para ser retomado.
A violência contra a comunidade LGBT continua sendo o maior desafio. Um levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB) aponta que, em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas – índice recorde desde que o monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos.
Segundo o ranking da Spartacus, os países mais seguros para a população LGBT são Portugal, Suécia e Canadá.
Confira o ranking completo aqui.