Anunciada em maio como nova secretária especial de Enfrentamento da Covid e dispensada dez dias depois, a médica infectologista Luana Araújo rebate a nova versão dada em CPI pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que afirmou ter retirado a indicação por conta própria em razão de resistências na classe médica ao nome da especialista.
“O que depreendi da fala do ministro é que o meu comportamento pró-ciência é desagregador. Mas, se o comportamento agregador não é o pró-ciência, a quem estamos querendo agregar?”, questiona a infectologista, que é mestre em saúde pública pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Em entrevista à Folha, Araújo avalia que a resposta à epidemia parou no tempo, que o Brasil nunca saiu da primeira onda da Covid e que a priorização de “estratégias equivocadas” vem colocando o país “em situação bastante sensível”.
Para a médica, que ficou conhecida por fazer críticas na CPI à busca por medicamentos sem eficácia, gastar tempo, energia e dinheiro em discussões como a cloroquina é uma ideia delirante.
Fonte: Folha de S. Paulo