O agravamento da crise hídrica encareceu a conta de luz do brasileiro e muitos podem não conseguir honrar seus compromissos nos próximos meses. De acordo com a Serasa, a inadimplência em contas básicas, como energia, água e gás, representava 22,3% do total de débitos em maio, e a tendência é de crescimento com os sucessivos reajustes nos preços desses serviços. Ao todo, são 36,9 milhões de faturas atrasadas no segmento.
Em dezembro, os calotes em serviços básicos bateram recorde – o percentual foi de 23,6%, maior valor de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2018.
A inadimplência nessas contas cresceu mês a mês desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, mas caiu em janeiro deste ano e ficou entre 22,2% e 22,7% nos meses seguintes. O número de maio é 0,4 ponto percentual menor que o de abril.
No Rio Grande do Norte, A CAERN – Companhia de Águas e Esgotos – vai na contramão da crescente inadimplência. Segundo a assessoria da empresa, a CAERN está com uma média móvel de 8,9%. Essa média é a melhor do que o período pré-pandemia, que estava em cerca de 12%. Para a empresa, o motivo dessa redução na inadimplência deve ser atribuído às ações de cobrança e negociação reforçadas pela Companhia.
Já a COSERN informou através da sua assessoria de imprensa que está impedida de divulgar dados sobre a inadimplência dos clientes pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Mas em agosto do ano passado divulgou que 120 mil clientes, somando pessoas físicas e jurídicas, em todo o Estado, poderiam ter o serviço suspenso por inadimplência. A companhia possui 1,47 milhão de clientes no território potiguar.
A empresa informa ainda tem uma plataforma de negociação no site (https://servicos.cosern.com.br) oferecendo o parcelamento de dívidas em boleto, cartão de crédito e recebendo pagamento no cartão do auxílio emergencial.