“Estou aqui hoje representando a governadora Fátima, que é uma grande entusiasta das energias renováveis”, com essa fala o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, iniciou sua participação na abertura do 13º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos nesta quinta-feira (29). O evento reúne representantes do segmento para discutir a a evolução da energia eólica e os principais aspectos regulatórios e econômicos do setor no país.
O Rio Grande do Norte é um dos estados que lideram o ranking nacional em empreendimentos eólicos e potência instalad. “O RN hoje tem uma situação privilegiada. É líder nacional na geração de energia eólica, gerando 5,3 GW e tem 188 parques funcionando”, explicou o secretário.
Jaime Calado destacou que os ventos potiguares, com fator de capacidade de 61% na costa, favorecem a geração eólica offshore no RN mais que em qualquer outro estado do Brasil. Ele enfatizou que, com 4 projetos que já se encontram em processo de licenciamento junto ao Ibama, a geração offshore no estado “deixou de ser um sonho e já é uma realidade” e que “a regulamentação da energia offshore no Brasil é urgente”.
Também participaram do evento: Jean-Paul Prates, senador da república; Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul; Erik Rego, diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e Luiz Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS); e Darlan Santos, presidente do Cerne.
Liderança
Mais de dois terços das operações do setor eólico nacional estão concentradas na Região Nordeste do Brasil. A região atingiu recentemente a marca de 11,3 GW de capacidade média produzida por fonte eólica. O valor equivale a 102% do total do consumo de energia elétrica na região. Isso significa que a fonte eólica poderia abastecer todo o NE durante um dia inteiro. O Rio Grande do Norte responde por cerca de 47% desse total.
Dos 726 empreendimentos em operação no Brasil, 188 estão localizados em território potiguar. Além disso,o RN possui 53 parques eólicos em construção e outros 72 contratados. Os Projetos em construção e contratados irão somar uma capacidade de 4,8 GW, fazendo com que o estado venha a ultrapassar os 10 GW em potência instalada nos próximos 4 anos.
Enquanto isso, o potencial para geração em plantas eólicas no mar é de 110 a 140 GW, o que torna o estado não só um dos melhores locais para investimentos em eólicas offshore do mundo, mas também o local com potencial de produzir o hidrogênio verde ao menor custo global.