‘Não há evidência de fraude’: Diego Aranha, professor defensor do voto impresso, rebate discurso bolsonarista

Referência na defesa do voto impresso no Brasil, o professor Diego Aranha, que atualmente leciona no Departamento de Computação da Universidade de Aarhus (Dinamarca), tem sido constantemente citado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para sustentar que a mudança é urgente e necessária para conter supostas fraudes nas eleições.

Aranha, porém, não endossa os argumentos bolsonaristas e, inclusive, tem rebatido constantemente os apoiadores do presidente nas redes sociais. Em um desses momentos, respondeu um comentário da deputada Bia Kicis (PSL-DF) de que deixou o país pela dificuldade de defender o voto impresso.

“A nobre deputada apoia o governo mais anti-ciência da história do Brasil, mas tem a cara de pau de compartilhar frustração de cientista que deixa o país para fazer uso político de uma questão técnica”, criticou no Twitter.

Em entrevista à BBC News Brasil, Aranha reforça que não há evidências de fraudes nas urnas eletrônicas e diz que sua defesa do voto impresso é para dar mais transparência ao sistema eleitoral. A ideia é que o eleitor possa ver um registro físico do seu voto após votar na urna eletrônica, dentro de uma caixa de vidro fechada, ou seja, sem poder tocar nesse papel, antes de ele ser depositado em um recipiente sigiloso, lacrado.

Fonte: BBC Brasil