Comitê da Sesap acompanhará transmissão vertical da sífilis, HIV, hepatites B e C e HTVL

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) instituiu o Comitê Estadual de Investigação de Casos de Transmissão Vertical da sífilis, do HIV, das hepatites virais B e C e do HTLV (vírus T-linfotrópico humano). A inclusão da investigação dos casos de transmissão vertical do HTLV, por parte do Comitê Estadual, trouxe para o Rio Grande do Norte o status de primeiro estado brasileiro a inserir a linha de investigação ao HTLV nas atribuições do comitê.

O Comitê terá entre suas atribuições propor medidas que possam qualificar as ações de prevenção, assistência e vigilância da transmissão vertical no pré-natal, parto e puerpério, atuar no monitoramento das ações de prevenção e controle, articular ações de educação permanente das equipes, além de mapear os problemas e propor soluções que possam qualificar as ações de prevenção, assistência e vigilância da transmissão vertical.

A ocorrência da transmissão vertical das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) é considerada um evento evitável uma vez que a realização do diagnóstico oportuno e o tratamento realizado de forma adequada reduzem, consideravelmente, as chances de as gestantes transmitirem a sífilis, o HIV e as hepatites virais para os seus bebês.

“É importante destacar que a linha de cuidado a prevenção da transmissão vertical do HTLV está sendo elaborada pelo Programa Estadual de IST/Aids e HV, conforme consta no Plano Estadual de Enfrentamento a Transmissão Vertical, em parceria com setores técnicos da SESAP, com o DDCI/MS e com a expertise de uma pesquisa do Impereal College London. No momento em que tivemos esta linha de cuidado implantada, será importante o acompanhamento clínico e epidemiológico da gestante convivendo com o HTLV para recomendar as ações de prevenção da transmissão vertical deste vírus”, explica Renata Gadelha, enfermeira do Programa de IST/AIDS e Hepatites Virais.

Por se tratar de um problema de saúde pública, o Comitê Estadual de Investigação dos casos da Transmissão vertical foi instituído com o objetivo de elaborar estratégias para a redução da transmissão destas IST’s da mãe para o bebê, cooperando juntos aos municípios na identificação de fragilidades e propondo soluções no cuidado a gestante, ao recém-nascido e as parcerias sexuais durante o pré-natal, parto e puerpério.

Ações de enfrentamento a transmissão vertical das IST’s devem estar inseridas como rotina no processo de trabalho de todos os serviços, em especial na Atenção Primária à Saúde, e como prioridade na agenda política dos gestores de saúde, visando a qualidade da vigilância, assistência e da gestão.

Acesse a Portaria-SEI Nº 1920, de 26 de julho de 2021