O consumo residencial de Gás Liquefeto de Petróleo (GLP) no Rio Grande do Norte, o botijão de gás, apresentou o menor consumo num intervalo de nove anos, segundo dados de um estudo feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em 2020, o consumo foi de 176 mil m³ do gás, queda de 9% em relação a 2019, quando o consumo foi de 194 mil m³. Os constantes aumentos no preço podem ser um fator para a redução nesse consumo, registrado em 20 dos 27 estados do país em 2020.
Aliado a isso, cada vez mais é possível observar famílias usando lenha para cozinhar. Em 2020, segundo dados do mesmo estudo, o consumo de restos de madeira em residências aumentou 1,8% frente a 2019, em todo o País. Em Natal, por exemplo, o botijão de gás está com o maior preço médio do Nordeste na última semana, R$ 104,99, segundo último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Essa realidade acaba se concentrando nas camadas mais pobres da sociedade. Em Natal, na ocupação Valdete Guerra, no bairro do Planalto, são várias as famílias que estão utilizando lenha para poderem fazer a comida diária.
Fonte: Tribuna do Norte