Os líderes do G20 reunidos em Roma afirmaram numa declaração conjunta neste domingo (31/10) que concordaram em estabelecer uma ação “significativa e efetiva” para limitar o aquecimento global a 1,5°C. No entanto, o documento exibe poucos compromissos concretos. O documento, por exemplo, não define uma data precisa para a neutralidade de carbono. Os países do G20 são responsáveis por 80% das emissões que contribuem para as mudanças climáticas. A declaração foi divulgada pouco antes do início da COP26, a conferência da ONU sobre o clima em Glasgow.
“Reconhecemos que os impactos das mudanças climáticas a 1,5°C são muito menores do que a 2°C. Manter 1,5°C ao alcance exigirá ações significativas e eficazes e compromisso de todos os países”, afirma o documento.
Em vez de citar uma data específica para a neutralidade do carbono, o documento menciona que esse compromisso deve ser atingido “até ou por volta da metade do século”. Alguns países, como a Itália, pediam para mencionar 2050 como uma possível data, mas a ideia sofreu críticas por parte da China e da Índia, que estimam atingir o objetivo até 2060. A declaração também incluiu uma promessa de suspender o financiamento internacional para a geração de energia a carvão até o final deste ano. Por outro lado, não indicou uma data para a eliminação desse tipo fonte de geração energia pelos países do bloco.
Fonte: DW Brasil