UFRN recebe patenteamento de equipamento na área de engenharia

A UFRN recebeu, na terça-feira, 19, do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), o registro definitivo de mais uma concessão de patente: trata-se do projeto, confecção, instalação e funcionamento de um reator de cilindro rotativo para pirólise de biomassa seca triturada com o objetivo de produzir bio-óleo. Dito dessa forma, a invenção pode causar estranhamento no leitor, bem como pensamentos de natureza ficcional. Vamos por partes então.

Um reator é um tubo de aço inoxidável, com ranhuras nas paredes internas e, portanto, rotacionado com auxílio de um motor elétrico; já a pirólise é o processo de decompor determinado material por meio da energia térmica; e a biomassa será essa matéria, a ser decomposta, que serve como base para a produção de energia – exemplos de biomassa são os pós de capim elefante, de serragem, coco seco, esgoto doméstico, microalgas, cascas de arroz, bagaço de cana de açúcar e, pasmem, até restos de alimentos.

No caso do invento desenvolvido na Universidade, o cientista Jefferson João Fernandes de Souza identifica que um dos resultados obtidos é o bio-óleo, material de coloração escura que pode ser utilizado, após tratamento, como combustível automotivo, para aquecimento e para a geração de energia elétrica. Inclusive, as pesquisas demonstram que as máximas quantidades desse “líquido pirolítico” são obtidas operando o reator com elevadas taxas de aquecimento, moderadas temperaturas da reação da pirólise e curtos tempos de residência dos vapores pirolíticos e produtos voláteis formados. Outro produto alcançado é o fino do carvão, que após compactação, na forma de tijolos, pode ser utilizado em fornos de pizzarias e churrascarias.