O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, conseguiu dobrar a resistência de diretórios regionais e recebeu, numa reunião dos dirigentes da legenda, carta branca para acertar a filiação do presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político à legenda. A cerimônia de filiação estava marcada para o dia 22, mas foi adiada por divergências em relação a alianças regionais. “A gente não vai aceitar, por exemplo, São Paulo apoiar alguém do PSDB”, disse Bolsonaro no fim de semana, em Dubai. Ao sair da reunião, o senador Jorginho Mello (SC) disse que o partido não vai apoiar qualquer candidato local que não esteja alinhado ao presidente.
Ao sacrificar as alianças locais, Costa Neto mira na ampliação da bancada federal, por conseguinte, dos fundos partidário e eleitoral. Ele cita o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que teve mais de um milhão de votos em 2018. Hoje o PL tem 42 deputados, mas espera pular para 65 com a adesão dos bolsonaristas, tornando-se a segunda maior bancada na Câmara, atrás dos 81 de DEM e PSL, que estão em processo de fusão, e à frente dos 53 do PT.