Empresa incubada na BioInova, a startup Microciclo venceu o prêmio 100K Latam, na categoria Accelerate. O anúncio aconteceu nesta quarta-feira, 24, na cerimônia de encerramento da competição, promovida pelo Instituto Tecnológico de Buenos Aires, juntamente com o MIT Sloan School of Management Latin America Office.
Na oportunidade, Carolina Fonseca Minnicelli apresentou a ideia base que move a empresa. “Em síntese, falei do uso da técnica da biorremediação, um processo que consiste no uso de organismos vivos, minúsculos, manipulados para degradar contaminantes tóxicos em formas menos tóxicas. Trata-se de um projeto de tratamento de resíduos oleosos, gerados por indústrias de diferentes segmentos, com o uso de biotecnologia.”, explicou a pesquisadora e uma das sócias. Em fase final da escrita do depósito de patente, a nova tecnologia que será comercializada está apoiada em mais de 10 anos de pesquisa em microbiologia do petróleo, no Laboratório de Biologia Molecular e Genômica do Centro de Biociências da UFRN.
Com aspecto similar a um suco de tamarindo, o produto funciona sendo adicionado a substâncias como o óleo. Assim, as bactérias presentes no produto “tratam” o óleo, alimentando-se dele. Quando o óleo acaba, as próprias bactérias morrem pela ausência de alimentação, restando água – com nenhuma ou muito pouca impureza. Além de Carolina, integram o grupo Lucymara Fassarella Agnez Lima, Carolina Fonseca Minnicelli, Marbella Maria Bernardes da Fonsêca, Rita de Cássia Barreto Silva-Portela e Kamilla Karla da Silva Barbalho.
Essa não é a primeira vez que a startup consegue relevo além das fronteiras regionais. Em 2020, a incubada foi selecionada no edital Swissnex para o programa Academy-Industry Training e esteve na etapa final do Projeto Centelha. Já em 2021, foi aprovada no edital de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas Pesquisador na Empresa Incubada (RHAE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).