A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) prevê que, neste ano, serão investidos no setor de energia gerada a partir do lixo o montante aproximado de R$ 600 milhões de reais com as obras da URE Barueri, cuja potência instalada é de 20 MW, e venceu o Leilão A-5 em setembro de 2021.
O presidente da ABREN, Yuri Schmitke Tisi, projeta mais 4 bilhões de reais em investimentos contratados nos próximos leilões A-4, A-5 ou A-6 por meio das Usinas de Recuperação Energética (URE) Mauá (80MW), Caju (31MW) e Consimares (20MW), que devem participar dos certames neste ano. Juntas, as UREs chegarão a 131 MW de potência instalada e com capacidade de tratamento de mais de 5.000 ton/dia de lixo urbano.
A URE Mauá será construída no município de Mauá-SP, a URE Caju no Estado do Rio de Janeiro e a URE Consimares na região metropolitana de Campinas, nos municípios que compõem o Consórcio Municipal Consimares, a qual está na iminência de receber licença ambiental prévia para poder participar dos leilões de 2022 para a venda da energia elétrica.
Além disso, a ABREN espera chegar à marca de 80 a 100 associados, especialmente tendo em vista que mais de 100 empresas demonstraram grande interesse em se associar à ABREN. Além de grandes players mundiais do seguimento waste-to-energy que já fazem parte da Associação.
Schmitke comenta que para esse ano espera também que muitos municípios comecem a estruturar e a licitar concessões e PPPs para a gestão de resíduos sólidos urbanos, cumprindo com a obrigação de acabar com os contratos irregulares e ilegais atualmente existentes, que vigoram por até 5 anos, que se tratam de contratos de programa e convênio, expressamente proibidos pela Lei Nacional de Saneamento (Lei nº 11.445/2007). Como resultados, os contratos de concessão terão 30 (trinta) anos e prazo para amortização e investimento em capital intensivo, o que proporcionará a adoção das modernas tecnologias de recuperação energética e seus respectivos benefícios socioambientais inerentes.