TV 3.0: mudança está prestes a começar na televisão brasileira

Mesmo com suas peculiaridades, a mudança que o Ministério das Comunicações deseja dar início futuramente vai afetar a longo prazo os usuários brasileiros, em especial àqueles que assistem canais abertos. Com a TV 3.0, não apenas a qualidade de imagem e som vão receber um upgrade, mas o próprio aparelho das pessoas vai acabar precisando dessa alteração. Saiba mais nas linhas abaixo.

Após a transição entre a TV analógica e a digital que começou oficialmente em 2007, muitos brasileiros precisaram adquirir novos aparelhos para receber o sinal e continuar assistindo a seus programas favoritos. Porém, com o passar dos anos e a campanha do governo do Brasil, a troca foi feita com êxito.

Voltando para 2022, a próxima etapa dessa transição já tem nome: TV 3.0.

Em resumo: essa nova parte da televisão digital no país vai oferecer uma qualidade de imagem e som melhor do que o usuário está recebendo. Segundo a SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre), o sinal deverá entregar:

Resolução de 4K/8K;
HDR;
Áudio imersivo (também conhecido como áudio 3D);
Suporte a transmissão via streaming de banda larga.
Na prática, isso vai fazer com que canais abertos ofereçam um nível de imagem e som em patamares muito próximos à serviços de streaming como HBO Max e Netflix, por exemplo.

Dessa forma, a TV 3.0 transformará o sinal digital em algo ainda mais completo, cobrindo os avanços da tecnologia no quesito. Por outro lado, segundo o coordenador do Fórum SBTVD, essa mudança pode fazer com que pessoas precisem trocar de televisores.

Vou precisar comprar outro aparelho para a TV 3.0?
Provavelmente, mas calma lá.

Segundo as informações anunciadas no começo de fevereiro, a transição, assim como foi a do sinal digital para o analógico, vai ser gradual. A primeira transmissão está marcada para 2024, ou seja, qualquer mudança mais drástica ainda está bem distante de acontecer.

Veja por esse lado: Uma televisão LED tem vida útil entre 40 e 90 mil horas de uso, ou seja, dependendo da frequência que a mantém ligada, deve durar entre cinco e dez anos. Se você adquiriu um novo aparelho em 2021, provavelmente iria acabar substituindo por um novo por volta de 2030 (ou antes).

Se pensarmos que o tempo de mudança do sinal analógico para digital durou entre 2007 a 2016, com Rio Verde/GO sendo a primeira cidade da América do Sul a realizar completamente a troca, então pode ficar tranquilo. Mesmo se a transição para a TV 3.0 for mais rápida, ainda assim não afetará fortemente o brasileiro que já está acostumado a mudar de aparelho com uma frequência similar.

Fonte: Portal Terra