Eleitores de Natal ainda esperam por um candidato a prefeito que pelas pesquisas pode ser Styvenson

image

Começou a temporada de pesquisas eleitorais e apesar de estar à frente nas intenções de voto e com folga, a reeleição do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) é incerta. Bem diferente do que ele pensa juntamente com seus assessores e correligionários. Carlos Eduardo perde para o número de eleitores que não sabe ou não quer votar em nenhuma das candidaturas postas até o momento. E esse número ultrapassa 60%. Vão dizer ‘mas estamos longe da eleição’. Não. Não estamos. Só faltam 4 meses. Há um desinteresse generalizado dos eleitores pela política e pelos políticos. Todos estão cansados do mesmo perfil, principalmente aqui em Natal.

Analisando os números das pesquisas de opinião mais recentes e observando a cena, é mais fácil dizer o que eleitor não quer. Os eleitores rejeitam quem já tenha mandato. Quem venha de família com tradição política. Quem tenha seu nome ligado a partidos envolvidos em escândalos de corrupção. Há ainda uma questão muito particular de gênero em Natal. Hoje os natalenses preferem votar em homens diante do insucesso de Micarla, Rosalba e da própria Dilma Roussef.

Porém na falta de um candidato que preencha todos esses requisitos, o natalense se mostra conservador. Ele sabe que Carlos Eduardo faz uma terceira adminístração sofrível na cidade. São 12 anos à frente dela e prefere na falta de um novo nome que ainda espera, manter o que está aí. É melhor garantir a ‘maquiagem’ do que arriiscar-se a comprometer a beleza com outros profissionais de “estética urbana” sem experiência e da mesma escola que Carlos Eduardo. Ou seja, todos os pré-candidatos adversários até agora são mais do mesmo para o eleitor.

Neste cenário sobra espaço para a construção de um novo nome. Há quem aposte num super-herói capaz de enfrentar os poderosos em defesa da lei e da ordem. Sim estou falando do Capitão Styvenson. O nome do militar que comandou a Operação Lei Seca aqui no estado ganha força e muda o cenário nas pesquisas atraindo indecisos e desinteressados por política. A crise da insegurança também poderia encontrar respostas em Styvenson uma vez que o mesmo é agente de segurança pública. O perfil de servidor honesto e incorruptível construído em sua atuação nas blitzen da Lei Seca são traços característicos que atraem esse eleitorado cansado de políticos de carreira. Mas nem tudo são flores. Primeiro Styvenson precisaria encontrar uma legenda. O prazo de filiação já passou. Porém militares têm garantidos direitos na constituição com prazos e tratamento diferenciados. Alguns juristas entendem que eles podem ser candidatos mesmo sem legenda, o que seria inadequado já que tempo de propaganda de TV e Rádio é para os partidos. E no caso de Styvenson seria essencial. Afinal ele construiu sua reputação com a exposição midiática e em redes sociais. Destaque que lhe garantiu entrevistas em programas nacionais como o Encontro Com Fátima Bernardes. Mas também foi essa mesma e diria excessiva presença em mídia e redes sociais que recentemente mostraram uma face de Styvenson que acabou por afastá-lo do comando da operação Lei Seca. Após um áudio criticando o trabalho de policiais civis, Styvenson foi afastado das ruas. Isso mostrou que o capitão precisa ser político. Uma contradição em termos e para o momento em que ele se apresenta como novidade para a sucessão exatamente pela ausência de histórico político. O episódio com os policiais também mostrou que tem muita gente de olho no potencial eleitoral do capitão. Os ataques em redes sociais foram além de uma simples crítica à uma declaração do militar em relação aos colegas polícias. De qualquer forma é preciso convencer Styvenson a ser candidato a prefeito, uma vez que ele nega essa intenção. Mas nunca se sabe…

image