Nesta sexta-feira, 8 de abril, voltamos nossa atenção para o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer. Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população mundial sobre os cuidados de prevenção da 2ª doença que mais mata pessoas em todo o mundo e é a 1ª causa de morte, por doença, entre crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos. Questões como prevenção e detecção precoce se tornam primordiais, principalmente, quando se considera que cerca de 85% dos cânceres são considerados potencialmente evitáveis, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Estudos do INCA/2020 mostram que o câncer é a doença que mais mata crianças e adolescentes, no Brasil, e a segunda causa de óbito, neste grupo etário. Afunilando os dados, no RN, o número é de 130 casos novos, por ano (2020 – 2022). Destes, 70 casos previstos para meninos e 60 para meninas. A escassez de políticas públicas, voltadas para este nicho de atendimento, fez com que a taxa de mortalidade do câncer infantojuvenil, no país, atingisse o dobro da verificada em países desenvolvidos, com uma média 43,4 mortes por milhão. Esse patamar permanece estagnado há 20 anos, segundo pesquisa do Instituto Desiderata (2020).
Durante a pandemia, foi observada uma grande redução no acesso aos meios de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer em todos os países. Os novos diagnósticos sofreram uma queda de 77%. No Brasil, o INCA estima, para o próximo triênio, a triste marca de 625 mil novos casos de câncer, por ano, dos quais, quase 10 mil em crianças.
Nessa linha, a Casa Durval Paiva trabalha continuamente a “Campanha do Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil”, como forma de trazer informações à população, sobre o reconhecimento dos principais sinais de alerta da doença. Durante o ano de 2022, a cada mês, a instituição realizará um trabalho intensivo de divulgação de sinais e sintomas de um tipo específico de câncer, entre os que mais acometem as crianças e os adolescentes.
Os principais tipos de neoplasias na infância são leucemia (câncer da medula óssea), tumores de sistema nervoso central e linfomas (tumores do sistema linfático). Ainda não existe um exame complementar específico, para o diagnóstico do câncer infantil, assim, os pais, professores, médicos, dentistas, entre outros profissionais, que atendem crianças, devem estar atentos aos sinais de alerta. As chances de cura são de até 80%, se for diagnosticado precocemente.