A bordo do ônibus espacial Discovery, o telescópio Hubble foi lançado no dia 24 de abril de 1990. Durante 32 anos no espaço, o equipamento da Nasa fez 1,5 milhão de observações de aproximadamente 50 mil alvos celestes. Para comemorar mais um aniversário do telescópio, a agência espacial dos Estados Unidos divulgou uma imagem fascinante de um agrupamento de cinco galáxias chamado Grupo Compacto Hickson 40.
Três das galáxias são do tipo espiral, uma é elíptica e outra é uma galáxia lenticular. A formação dessa junção de galáxias é desconhecida, mas algumas teorias tentam explicá-la. Uma delas é que a junção teria sido causada pelo acúmulo de matéria escura, cuja origem ainda é um mistério para a ciência, resultando em uma grande “nuvem”.
Segundo essa ideia, à medida que as galáxias atravessam a matéria escura, elas sentem resistência devido aos seus efeitos gravitacionais. Isso diminui seus movimentos e faz com que percam energia, permanecendo juntas.
Astrônomos analisaram essa “turma” de galáxias tanto sob luz visível quanto por meio de ondas de rádio, infravermelho e raios-X. Com esses últimos, foi possível identificar que essas galáxias estão interagindo gravitacionalmente devido à presença de gás quente entre elas.
Quase todos têm uma fonte de rádio compacta em seus núcleos, o que pode ser uma evidência da presença de buracos negros supermassivos. Já as observações em infravermelho deram pistas da taxa de formação de novas estrelas nessas galáxias.
Fonte: Revista Galileu