Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade física na população. O dado consta de estudo divulgado hoje (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário “Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS”, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade Física, transcorrido no último dia 6.
De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030, em atividades moderadas.
Caso não ocorram políticas públicas e ações que estimulem a atividade física no lazer, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade física e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso.