O governo Bolsonaro gastou, pelo menos, R$ 1,2 bilhão para fazer poços artesianos no Nordeste e no norte de Minas Gerais, em projeto conhecido como “força-tarefa das águas”. Entretanto, irregularidades nos pregões resultaram em um “cemitério de poços abandonados”, noticiou O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (16). Segundo apuração do jornal, que não informa o número total de poços incompletos ou defeituosos, documentos mostram irregularidades em pregões milionários.
Alguns desses pregões foram concluídos em dez minutos. Há também certames prevendo reserva de recursos para perfuração de novos poços mesmo sem a conclusão de outros que já estavam em andamento. “As licitações para a construção de poços no país são genéricas. Parte dos editais da administração federal não informa a localidade exata onde o poço deve ser perfurado. Há pregões em que nem o tipo de rocha é especificado”, diz a reportagem.
A deputada federal do Rio Grande do Norte, Natália Bonavides (PT), denunciou em suas redes sociais que o Governo “brinca com a sede das pessoas. “Entrega” poços lacrados, inacabados e sem bomba. Água mesmo nunca chegou na casa do povo.”, disse.