Mais de 3 mil candidatos que concorreram nas eleições de 2018 mudaram de partido para a disputa deste ano. Esse total supera em 31% a quantidade daqueles que também trocaram de legenda entre 2014 e 2018. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo g1, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No comparativo, não foram consideradas trocas de nomes das legendas e as fusões entre os partidos, apenas candidatos que migraram para outros partidos. Um candidato que era do PSL e agora está no União Brasil, fusão do PSL com o DEM, por exemplo, não será considerado como uma mudança.
Especialistas apontam os seguintes motivos para o aumento das trocas:
Fim das coligações para cargos proporcionais;
aumento da cláusula de desempenho;
acesso ao Fundo Eleitoral.
A cláusula de desempenho obriga que os partidos tenham votos suficientes para continuar tendo acesso a recursos públicos de financiamento. O fim das coligações para cargos proporcionais, aprovada em 2017, obrigou que as legendas busquem votos individualmente ou participem de federações partidárias, modelo aprovado em 2021.