Palácio coloca em prática o plano para o funeral da rainha Elizabeth II

“A Ponte de Londres caiu.”: este foi o código usado pelo secretário particular da rainha Elizabeth, Sir Edward Young, para informar à Primeiro-ministra do Reino Unido, Liz Truss, sobre a morte da monarca. O plano chamado ‘Operação Ponte de Londres’ existe desde a década de 1960 e passou por atualizações a cada ano. A monarquia e o governo têm controle absoluto da situação.

Após todos os membros da família real terem sido avisados, um comunicado foi enviado aos Países e territórios que têm Elizabeth como chefe de Estado. Um informe está afixado nos portões do Palácio de Buckingham, em Londres. As bandeiras ficarão a meio mastro em todo o País. As emissoras de rádio e TV vão dedicar a programação nos próximos dias à rainha morta. As transmissões passam a ser exclusivamente jornalísticas.

Nesta sexta-feira (9), Charles deverá fazer seu primeiro discurso como rei. O governo cumprirá o juramento de fidelidade ao novo soberano com 41 tiros disparados no Hyde Park. Feito o embalsamamento, o corpo de Elizabeth será colocado na Sala do Trono, em Buckingham, com uma coroa, o cetro e o estandarte real.

No quarto dia, o caixão será levado ao Westminster Hall. Ao longo de mais quatro dias, os parentes, os nobres mais próximos, os políticos e chefes de Estado e de governo de outros Países prestarão homenagens. Enfim, o público – súditos da rainha e turistas – terão acesso ao local para dar o adeus a Elizabeth. O funeral com a presença da cúpula da Igreja Anglicana, da qual o monarca do Reino Unido é chefe, acontecerá de 10 a 12 dias.

Ao som das badaladas do Big Ben, a urna será levada à Abadia de Westminster, local onde aconteceu a cerimônia de despedida à princesa Diana, em 1997, e cenário do casamento de William e Kate, em 2011. Cerca de 2000 convidados, incluindo celebridades britânicas, ocuparão os bancos da histórica igreja em estilo gótico.

Terminado o ritual, o caixão será levado de carruagem até o Castelo de Windsor, a cerca de 35 quilômetros de Londres. Lá, em cerimônia íntima, sem a presença de câmeras de TV, Elizabeth será enterrada na Capela de São Jorge, ao lado do túmulo do pai, rei Jorge VI, de quem herdou o trono em fevereiro de 1952.