Estudantes da Rede Municipal de Natal são premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática

Estudantes da Rede Municipal de Educação de Natal participaram da solenidade de premiação da 15ª e 16ª Olimpíadas Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2019 e 2021. A premiação aconteceu na tarde da última sexta-feira (23), no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), no bairro de Nossa Senhora de Nazaré.

Presentes na solenidade, estudantes, pais, professores, gestores e autoridades da educação. Nestas edições da OBMEP, as unidades municipais de Natal foram premiadas com a conquista de um estudante medalhista de prata, dois de bronze e 16 que receberam o certificado de Menção Honrosa. No total, participaram 34 escolas de Ensino Fundamental da Rede, das turmas do 6º ao 9º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).      

A OBMEP tem como objetivos, promover o estudo da Matemática entre estudantes das escolas públicas e privadas, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas, e incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a valorização profissional.

Representando a Secretaria Municipal de Educação de Natal, a secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Naire Jane Capistrano, ressaltou que é um momento de alegria e que a ação é decorrente de um trabalho colaborativo e sistematizado. “Os estudantes que são medalhistas, estão aqui porque tem o apoio da escola, o incentivo do professor e da família e é um trabalho árduo, que tem desdobramentos para chegar a alcançar as metas. Esse momento vai refletir ainda a valorização, se de um lado é o estudante, do outro lado é o professor, é a valorização do trabalho do professor. Parabéns a todos os estudantes premiados e aos docentes”.

O coordenador da OBMEP, Joaquim de Freitas fez uma apresentação destacando que o intuito mais importante é identificar talentos com potencial em Matemática, em qualquer escola pública. “A Olimpíada consegue selecionar talentos muito bons na disciplina e às vezes esses estudantes destaques nem sabiam que eram bons na disciplina e ficam surpreendidos quando recebem o resultado da prova, provocando uma mudança de vida forte, e se sentindo mais motivados para estudarem”, resumiu o professor.  

O professor de Matemática e assessor pedagógico da SME-Natal, Marcelo Ricardo de Souza, explicou que é uma competição de nível nacional e de grande valia, pois alcança um universo de quase 20 milhões de estudantes. “Serve de incentivo para outros estudantes quererem abraçar essa ideia de participar da OBMEP, porque dá grandes oportunidades, não só por causa da premiação”, ressaltou.

O professor Jairo de Araújo Nunes, matemático, com 35 anos de experiência profissional e que leciona desde 2006, na Escola Municipal 4º Centenário, comentou que já é uma tradição ter vários estudantes como destaques e ganhadores de medalhas de ouro, prata e bronze. “Alana, que foi nossa aluna em 2019, e atualmente está no IFRN, acertou 19 questões de Matemática, errou apenas uma e é uma menina que merecia o ouro. Continuo com esse trabalho dentro da escola, apesar da pandemia ter quebrado um pouco esse ritmo, mas continuamos com o mesmo patamar de preparar essas turmas para estudar e gostar de Matemática”, informou.

A ex-aluna da Escola M. 4º Centenário, Alana Camile da Silva, 17 anos, ganhadora da medalha de prata de 2019, considerou a comemoração como uma experiência incrível e que a escola ajudou e incentivou muito os alunos a participarem das Olimpíadas. “Os professores de Matemática ajudavam e davam revisões para a prova. Eu já tinha conseguido medalha de bronze no ano anterior e queria conseguir outras medalhas. Fiquei feliz com a prata. A Matemática é a minha matéria preferida”, reforçou.


O profissional autônomo, José Humberto da Silva, pai de Alana Camile, morador do bairro de Mãe Luiza, disse que todos os anos de estudos da filha vieram da escola pública. “Eu acredito na escola pública, é só a família querer e os filhos também se dedicarem aos estudos que dá tudo certo”, analisou.