O verão começou e muitos potiguares já se “mudaram” para curtir as próximas semanas nas praias do litoral potiguar. Durante o veraneio, cresce a exposição ao sol, o que pode trazer complicações para a saúde do maior órgão do corpo humano: a pele. Por causa disso, a Liga Contra o Câncer alerta sobre os cuidados para evitar o câncer de pele.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2022, a Liga registrou 2.360 casos do tipo não melanoma e 78 do tipo melanoma, o mais grave. Para 2023, o INCA estima 3.460 novos casos de câncer de pele não melanoma e 110 de câncer de pele melanoma no Rio Grande do Norte.
Segundo o médico dermatologista da Liga, Joseli Batista, no Brasil a alta incidência da doença é decorrente do clima tropical, com sol forte durante a maior parte do ano. Ele explica que o câncer de pele é mais comum em pacientes a partir dos 40 anos, já que, na maioria dos casos, está relacionado ao efeito cumulativo da radiação ultravioleta ao longo dos anos.
São considerados fatores de risco da doença ter pele clara, vitiligo, ser albino, histórico da doença na família e fazer tratamento com medicamentos imunossupressores. Joseli Batista explica que as áreas do corpo que geralmente ficam descobertas, como a face e membros superiores, são as com mais incidência da doença e chama atenção para a importância do diagnóstico precoce, que possibilita a cura em quase 100% dos casos.
“É importante ficar atento principalmente a lesões de surgimento recente e que estejam sofrendo mudanças de tamanho, cor ou forma. Em alguns casos, pode ocorrer sangramento espontâneo ou ferimento sobre a lesão que demora a cicatrizar”, afirma o dermatologista.
Os cuidados para evitar o câncer de pele são considerados simples e podem ser incorporados no dia a dia, como evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h; usar roupas com proteção UV, bonés ou chapéus com abas largas e óculos escuros com proteção UV, além de usar filtro solar com fator de proteção 30, no mínimo, diariamente.
Sobre a Liga
Reconhecida pela democratização do acesso à oncologia de ponta, a Liga é formada atualmente por seis unidades, sendo uma de apoio humanitário: o Centro Avançado de Oncologia (CECAN), Hospital Dr. Luiz Antônio, Policlínica, Hospital de Oncologia do Seridó (em Caicó), o Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação (IEPI) e a Casa de Apoio Irmã Gabriela (unidade de apoio humanitário).
Instituição privada sem fins lucrativos, a Liga realiza por ano quase 1,5 milhão de procedimentos e destina 70% de seu atendimento a pacientes do SUS, como parte de sua missão de levar a melhor assistência oncológica a todos os cidadãos, independente da forma de acesso.