Aconteceu ontem, 29, o encerramento dos quatro dias de homenagens à Nossa Senhora dos Navegantes. A festa, que ocorre no bairro da Redinha, Zona Norte de Natal, contou com a presença da governadora Fátima Bezerra, que acompanhou a missa dos Pescadores e Marinheiros pela manhã, e a procissão terrestre e missa na Capela dos Pescadores à tarde, ambas celebradas por Padre Mário, pároco da Redinha. A celebração à Nossa Senhora dos Navegantes, como Capela, já existe há 110 anos. Este ano teve uma conotação especial devido ao retorno das festividades por conta do arrefecimento da pandemia da Covid 19.
Já como paróquia, a festa à padroeira da Redinha é celebrada há sete anos. A Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes é atualmente composta por mais de 10 mil fiéis. A escolha de Nossa Senhora dos Navegantes como padroeira da Redinha deve-se ao milagre atribuído à Santa que salvou a vida de pescadores que enfrentavam a fúria de um mar bravio, em 1922. Conta a lenda que, ao se encontrarem num mar revolto, prometeram construir uma capela em frente ao mar dedicada à santa caso retornassem à terra com vida. Então, como eram pescadores, deram também início à Procissão Marítima.
“Essa é uma das procissões mais tradicionais de Natal e da Zona Norte. Um momento importante para a gente renovar nossa fé, nossa crença, esperança e confiança em dias melhores cada vez mais para o Rio Grande do Norte e para o Brasil”, afirmou a governadora Fátima, que participa da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes há quase 40 anos.
Nossa Senhora dos Navegantes é um dos títulos atribuídos à Maria, mãe de Jesus Cristo. Maria, denominada também como “Estrela do Mar”, ganha a conotação de astro que guia os marinheiros a um porto seguro.
Assim, Maria começou a receber essa designação para proteção dos marinheiros e pessoas que viajam pelo mar fazendo orações que lhes garantir proteção dos perigos do mar, como tempestades de naufrágios.
Um dos momentos mais esperados da procissão foi o encontro das duas imagens da santa padroeira – a da Santa que acompanhou a procissão terrestre junto com a imagem da Procissão Marítima, a “virgem do silêncio, mas que acalma as tempestades”.
“As duas procissões mostram a grande devoção àquela que foi pela terra, que nós chamamos terrestre, e àquela outra que veio pelo mar, lembrando assim todo o momento que iniciou a devoção à Nossa Senhora nesta comunidade da Redinha”, diz o Padre Mário durante a missa diante da capela erguida pelos pescadores.
Acompanharam a governadora Iris Oliveira (SETHAS), Jaime Calado (SEDEC), Lyane Ramalho e Tereza Freire (SESAP), Olga Aguiar (SEMJIDH), Mário Manso (diretor geral do IDIARN), a deputada estadual Divaneide Basílio e diversos vereadores de Natal.
