Idema divulga Relatório Técnico da Qualidade das Praias da Região Metropolitana

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) concluiu, recentemente, o Relatório Técnico da Qualidade das Praias da Região Metropolitana de Natal – RMN, elaborado pelo Núcleo de Monitoramento Ambiental (NMA). O documento tem como objetivo apresentar a avaliação da análise da balneabilidade das praias, a partir da determinação da qualidade anual com base no Índice de Balneabilidade Anual (IBA), realizado no período de 2019 a 2022. Em razão da pandemia da Covid-19, o ano de 2020 não foi considerado no estudo.

De acordo com o supervisor do Núcleo de Monitoramento Ambiental (NMA) do Idema, Sérgio Marcedo, o trabalho foi realizado a partir de dados de balneabilidade das praias da Região Metropolitana de Natal, disponibilizados nos boletins semanais emitidos pelo “Projeto de Estudo de Balneabilidade nas Praias do Rio Grande do Norte” – PEBPRN e, também, a partir dos relatórios técnicos produzidos pelos integrantes do Núcleo.

“A análise do Índice buscou verificar o comportamento da qualidade sanitária hídrica das praias nos últimos anos, expressando uma síntese da condição das águas monitoradas anualmente. Pudemos observar a evolução das condições de balneabilidade, com o objetivo de disseminar os resultados para o público em geral, bem como traçar metas para a melhoria da qualidade sanitária hídrica das praias nos pontos de monitoramento”, explicou o supervisor.

De acordo com o levantamento, a maioria das estações de monitoramento da balneabilidade das praias da Região Metropolitana de Natal apresenta IBA na categoria Boa (52,53 %), seguida da Excelente (24,24 %), perfazendo um total de 76,77%, durante os três anos avaliados.

Apesar de isso indicar uma boa qualidade da água utilizada para banho na grande maioria das praias, percebeu-se um declínio na qualidade balnear no último ano. Pois, no ano de 2022, 27% das estações estiveram na categoria Ruim ou Muito ruim, enquanto que em 2019 esse percentual foi de 15% e em 2021 foi de 6%.

“Algumas alternativas para melhorar essa condição de balneabilidade estão a execução das obras de saneamento básico, a destinação correta de resíduo, domiciliar ou não; evitar o entupimento das galerias pluviais e a ligação clandestina de esgoto. A prática de educação ambiental por parte da população é essencial. Não podemos declinar neste aspecto, pois a qualidade das águas é fundamental para todos”, comentou o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar.

Durante o período avaliado, o município de Extremoz apresentou o maior percentual (95,2%) de estações classificadas com IBA nas categorias Excelente e Boa, seguida de Nísia Floresta com 77,8%, Natal com 75,6% e Parnamirim com 53,3%. Com isso, pode-se afirmar, com base no IBA, que durante os três anos avaliados as praias de Extremoz apresentaram a melhor qualidade das águas para a balneabilidade, seguida de Nísia Floresta, Natal e Parnamirim. Importante destacar que Natal e Extremoz não apresentaram estações classificadas com IBA na categoria Muito Ruim.

Boletim de Balneabilidade

O PEBPRN integra o Programa Água Azul, responsável por estudos sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas do estado, assim como da balneabilidade das praias do RN. O monitoramento da balneabilidade é executado em parceria com o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (FUNCERN).

O Projeto utiliza os critérios de balneabilidade estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama nº 274, de 29 de novembro de 2000, tomando como referência o número de coliformes termotolerantes/100 mL e observando as condições de balneabilidade que definem as águas destinadas à balneabilidade (recreação de contato primário), nas categorias própria e imprópria.

O estudo compreende 33 estações de monitoramento localizadas nas praias da RMN, nos municípios de Nísia Floresta, Parnamirim, Natal e Extremoz. É composto por 29 praias marinhas, 2 lacustres e 2 fluviais, sendo uma das estações fluviais considerada de controle, onde o fluxo de banhistas é mínimo ou inexistente.

Contudo, durante o período de veraneio (dezembro, janeiro e fevereiro) outros pontos do litoral potiguar são monitorados, totalizando 51 pontos.