Entre os dias 23 e 25 de fevereiro, as pesquisadoras-bolsistas do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, Alexandra Ferreira e Daiane Golbert, realizaram uma visita técnica ao Monumento Natural Cavernas de Martins, percorrendo as formações geológicas do entorno.
O objetivo da visita foi para mapeamento de impactos ambientais da Caverna Casa de Pedra e de sua zona de amortecimento. Tais informações são para a primeira fase da elaboração do Plano de Manejo Espeleológico, para estruturar a conservação e manejo da recente criada Unidade de Conservação MONA Martins, bem como orientação para o ordenamento das visitas ao local. A região tem mapeadas 92 cavidades naturais. Desse total, 78 são cavernas que apresentam registro fóssil, pinturas rupestres e uma grande diversidade biológica.
A especialista em Cavernas, Alexandra Ferreira, afirmou que o estudo na temática faz parte do seu Plano de Trabalho dentro do órgão ambiental. “Aqui temos a oportunidade de nos aprofundar em assuntos na área de meio ambiente, e, no meu caso sendo a Espeleologia, encontrei nas cavernas de Martins o cenário perfeito para unir meus conhecimentos com a elaboração do Plano de Manejo do MONA Martins”, comentou.
Alexandra explicou que, a Casa de Pedra foi utilizada por décadas como Monumento Natural para visitação turística, porém sem nenhum planejamento e controle. “O Plano de Manejo Espeleológico será o primeiro passo. Na sequência, serão elaborados instrumentos de educação ambiental para os públicos: Guias Turísticos, população do entorno e escolas. A Caverna Casa de Pedra é a segunda maior Caverna em mármore no Brasil e uma das mais visitadas”, completou.
A partir dos estudos sobre a região serrana do Rio Grande do Norte e os resultados das visitas técnicas realizadas no Idema, a profissional está elaborando uma série de material técnico-científico para a visitação das Cavernas de forma sustentável.
Espeleologia
A espeleologia é a ciência que se dedica ao estudo das cavidades naturais subterrâneas – cavernas. Ela utiliza conhecimentos de outras áreas (topografia, geologia, geografia, biologia, ecologia, arqueologia, paleontologia entre outras) a fim de entender como foi a evolução das cavernas e do meio ambiente onde estão inseridas.
A ciência busca conhecer e entender as interações que circundam as cavernas, como: sua forma e as condições geológicas existentes, as formas de vida que às habitaram e habitam, o potencial turístico existente, as variações nos climas do passado, o uso sustentável de recursos e a influência que os seres humanos exercem sobre elas.
