Anualmente, o Dia Internacional da Mulher possibilita que a luta histórica pelos direitos adquiridos ao longo de séculos pelas mulheres seja celebrado e fortaleça as causas que aflingem o gênero. Contudo, existe um intenso debate, ainda mais acalorado com o surgimento das redes sociais, sobre o sentido da data e como ela deve ser revisada. Em essência, o 8 de Março é uma data reivindicativa, e não comemorativa – e, infelizmente, segue dessa forma. A desigualdade de direitos e as frágeis condições de trabalho enfrentadas pelas mulheres ao redor do mundo continuam na pauta dos movimentos feministas.
Os números apurados pela ONU são contundentes. No mercado de trabalho, homens ganham em média 23% mais do que as mulheres por trabalhos de igual valor. Em certos segmentos populacionais, o índice sobe para 40%. Além disso, mulheres têm 50% menos chances do que os homens de ter empregos remunerados em tempo integral. Elas estão super-representadas no trabalho vulnerável e informal, muitas vezes sem proteção social, e são sub-representadas na gestão do setor corporativo, detendo apenas 22% das posições seniores de liderança nas empresas.
Na América Latina, 78,1% das mulheres empregadas na região atuam em setores definidos como de baixa produtividade. São as áreas da atividade econômica com as piores remunerações, menor contato com novas tecnologias e, em muitos casos, empregos de baixa qualidade.
Fonte: Revista Aventuras na História