O governo da Ucrânia convidou novamente nesta terça-feira (18/04) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para visitar a Ucrânia. Em mensagem publicada no Facebook, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores ucraniano, Oleg Nikolenko, confirmou o convite para o governante brasileiro ir ao país para “compreender as reais razões e a essência da agressão russa e suas consequências para a segurança global”.
No mesmo texto, o ucraniano ressalta que “a Ucrânia observa com interesse os esforços do presidente do Brasil para encontrar uma solução para acabar com a guerra. Ao mesmo tempo, a abordagem que coloca a vítima e o agressor na mesma escala (…) não corresponde à situação real”.
A publicação ocorre após a repercussão negativa das declarações do brasileiro sobre o conflito na Ucrânia. No último sábado, ao final de sua visita à China, Lula afirmou que os Estados Unidos deveriam parar de “incentivar a guerra” na Ucrânia e que a UE, por sua vez, deveria “começar a falar de paz”. Neste domingo, em visita aos Emirados Árabes, Lula voltou a acusar os EUA e a Europa de prolongarem a guerra em solo ucraniano.
“A paz está muito difícil. O presidente [da Rússia Vladimir] Putin não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia, Volodimir] Zelenski não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”, afirmou o petista.
O presidente também voltou a acusar a Ucrânia de ter participação no início do conflito. “A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, disse Lula, durante coletiva de imprensa.
Em maio do ano passado, quando ainda era pré-candidato às eleições presidenciais, Lula já havia dito algo semelhante em uma entrevista à revista americana Time, ao afirmar que Zelenski é “tão responsável quanto Putin” pela guerra na Ucrânia.
Fonte: DW Brasil