Segundo jornal, leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante pode ter concorrência baixa

A relicitação do aeroporto São Gonçalo do Amarante (RN) tem atraído interesse do setor privado, porém, a expectativa é de concorrência baixa, segundo analistas do mercado. As principais candidatas ao leilão são os operadores que já atual na região Nordeste – a espanhola Aena, a alemã Fraport e a francesa Vinci.

A concorrência marcada para 19 de maio, terá como critério o maior valor de outorga inicial, cujo mínimo foi fixado em R$ 227 milhões. O contrato, com duração de 30 anos, prevê ao menos R$ 308,9 milhões de obras.

“É um aeroporto consolidado, com os principais investimentos feitos. A demanda está estabilizada, não há grandes surpresasde operação, receitas, obras. Os principais riscos já foram resolvidos”, afirma Maurício Moysés, sócio da Moysés e Pires Advogados.

Por outro lado, há fatores que prejudicam a atratividade. “Vemos uma movimentação baixa no mercado, em parte pela sensibilidade à mudança política e pela taxa de juros alta”, diz Ewerton Henriques, diretor de infraestrutura do Banco Fator.

“Além disso, é um aeroporto pequeno. Quando ele foi licitado [em 2011], havia a ideia de Brasil pujante, acreditava-se que Natal seria um ‘hub’. Hoje o mercado está mais reticente. Se houver concorrência, será sem ágio elevado”.

O fato de ser um ativo de pequeno porte reduz a probabilidade de novos atores, avalia Caio Loureiro, sócio da TozziniFreire. “Para empresas interessadas em entrar no país, o interesse maior são os aeroportos do Rio de Janeiro e Viracopos. Pode haver surpresas, mas não é um projeto que o mercado tem visto com muita animação”.

Com informações do jornal VALOR