Energia eólica offshore é capaz de trazer “revolução”, dizem instituições do RN em missão da FIERN no Reino Unido

A energia eólica offshore – com a instalação de parques eólicos no mar – é capaz de gerar grandes transformações socioeconômicas, com investimentos pesados em ciência, tecnologia e infraestrutura, envolvimento do pequeno ao grande negócio, empregos com maior renda e melhor qualidade.

O diagnóstico de que o setor traz uma “revolução” é traçado por empresas e instituições ligadas à indústria do Rio Grande do Norte que seguem, até o próximo sábado (06), em missão internacional, em busca de inspirações e oportunidades para o desenvolvimento da atividade no Brasil e em território potiguar.

Líder do setor eólico offshore na Europa, o Reino Unido é o destino em que se desenrola a programação, promovida pela Federação das Indústrias do RN (FIERN) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no estado (SENAI-RN), com o apoio da Embaixada e do Consulado britânicos no Recife (PE).

O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica em terra no Brasil e tem os primeiros 10 complexos eólicos offshore à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São 17,84 Gigawatts (GW) de potência previstos nos projetos, mais de duas vezes superior à existente hoje, no estado, em parques eólicos em terra. O volume corresponde a aproximadamente 10% do projetado, até agora, para a costa brasileira, um total de 182,98 GW que esperam o aval do Ibama.

De olho no futuro

O diretor da Federação das Indústrias e presidente eleito da Federação para mandato que começa em outubro, Roberto Serquiz, destaca como a união entre o setor público e as empresas tem rendido frutos que a indústria britânica já colhe com a atividade e que são, no futuro, esperados também para o Brasil e o Rio Grande do Norte.

“Nós testemunhamos o investimento do governo britânico em parceria com a iniciativa privada no offshore, que transformou socioeconomicamente uma região que antes gerava energia através do carvão. Vimos um investimento pesado em ciência, tecnologia e infraestrutura de apoio ao offshore, também com a presença da pequena empresa. Situações em que pudemos constatar que pode haver sim essa integração. Então, é mais uma boa prática que assistimos no Reino Unido sobre a qual podemos refletir quanto ao que se espera no Brasil e no Rio Grande do Norte”, disse Serquiz, representando o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, na missão