CURIOSIDADE: Testículos de elefantes podem apontar caminhos para combate ao câncer

Os elefantes têm 20 cópias do gene TP53, que codifica a proteína supressora de tumor p53 enquanto outros animais, têm apenas uma cópia. Segundo um estudo publicado no último dia 27 de junho, a multiplicação desses genes nesses mamíferos gigantes evoluiu para estabilizar o DNA nas células espermáticas.

Apesar dessa multiplicação não ter evoluído propriamente contra o câncer, os elefantes podem ensinar aos cientistas caminhos contra a doença — que podem estar nos testículos desses animais, segundo a pesquisa, publicada na revista Trends in Ecology & Evolution.

“Os elefantes estão nos fornecendo um sistema único para estudar a evolução de uma poderosa defesa contra danos ao DNA e para explorar as complexidades e detalhes do complexo p53 em nossas próprias lutas contra o câncer, o envelhecimento e até mesmo a saúde reprodutiva masculina”, afirma Fritz Vollrath, autor do estudo e professor do Departamento de Biologia da Universidade de Oxford, na Inglaterra, em comunicado.

Proteína anticâncer
A proteína p53 é conhecida por sua capacidade de detectar e desabilitar o DNA danificado durante as divisões celulares, evitando que mutações, como as que causam câncer, se espalhem. Os tumores malignos se desenvolvem a partir da divisão celular incontrolável. Animais maiores e com vida mais longa têm mais divisões celulares, sugerindo que são mais propensos a desenvolver câncer do que animais menores.

Fonte: Revista GALILEU