Uma equipe de pesquisadores que inclui dois brasileiros criou uma aproximação facial baseada no crânio de uma mulher que viveu há 45 mil anos. O estudo foi disponibilizado nesta terça-feira (18) na revista OrtogOnLineMag. A caixa craniana em questão foi descoberta entre restos mortais de humanos e animais encontrados após a explosão de uma grande pedra calcária no monte Zlatý kůň (significa “Cavalo de Ouro”), na República Tcheca, em 1950.
À época, trabalhadores descobriram um sistema de cavernas que, ao ser explorado ao longo dos anos seguintes, revelou os ossos junto a artefatos metamórficos. Inicialmente, pesquisadores acreditavam estar diante de dois crânios; mas, ao montarem as peças, descobriram se tratar apenas de uma única caixa craniana.
Confundida com homem
No início, devido à robustez estrutural, os restos mortais foram atribuídos a um homem; mas análises posteriores indicaram que, na verdade, se tratava de uma mulher adulta. Eventualmente, os especialistas concluíram que o crânio dela é do mais antigo Homo sapiens já descoberto na Europa.
A partir do fóssil, um estudo publicado na revista Nature Ecology & Evolution em 2021 apresentou a obtenção do genoma mais antigo já reconstruído de um ser humano moderno. A pesquisa mostrou que o crânio pode pertencer a um dos primeiros humanos a habitarem a Eurásia após a migração para fora da África.
Fonte: Revista GALILEU