O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado nesta segunda-feira (14/08) na Geórgia, juntamente com 18 outros acusados, por conspiração para reverter ilegalmente sua derrota nas urnas daquele estado nas eleições presidenciais de 2020. Depois da Nova York, Flórida e Washington, esse quarto processo criminal contra o magnata republicano envolve 13 acusações.
A promotora pública do condado de Fulton, Fani Willis, anunciou à imprensa que Trump e os demais indiciados têm até o meio-dia de 25 de agosto para se “render voluntariamente”, caso contrário serão expedidas ordens de prisão. “Em vez de acatar o processo legal da Geórgia para contestação eleitoral, os acusados empreenderam um esquema de racketeering para anular o resultado da eleição”, reforçou.
A lei americana define como racketeering uma forma de crime organizado envolvendo operações coordenadas coercivas, fraudulentas ou extorsivas. A lei RICO (Racketeer Influenced and Corrupt Organizations) já foi aplicada antes para processar chefes da máfia nos EUA. As duras penalidades que prevê podem ser incentivo para os demais réus procurarem acordos de cooperação.
Entre os 18 citados no processo, estão o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows; Rudy Giuliani, ex-advogado pessoal de Trump; e o funcionário do Departamento de Justiça do governo Trump Jeffrey Clark. Outros 30 co-conspiradores são mencionados na ata de indiciamento.
Fonte: DW Brasil