80% dos gastos do SUS com câncer de pulmão são de combate à alta mortalidade

Em estudo inédito, pesquisadores analisaram o impacto econômico do câncer de pulmão no Brasil. Além dos custos diretos, como os valores repassados para o tratamento da doença, também foram consideradas as despesas indiretas, relacionadas à perda de produtividade por abstenções e, em casos mais graves, mortalidade precoce.

Conduzida pelo Insper, com o apoio da farmacêutica AstraZeneca, os resultados da pesquisa foram publicados num relatório disponível online. O estudo levanta dados do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a doença no país entre 2015 e 2019, traz a visão de especialistas no assunto e sugere políticas públicas para solucionar os problemas identificados.

Dentre as análises, a pesquisa alerta que 80% dos custos com câncer de pulmão no SUS estão relacionados à alta taxa de mortalidade da doença. Segundo Vanessa Boarati, líder do estudo, mudar esse cenário deve ser uma prioridade do governo e, para isso, faz-se necessário implementar no sistema de saúde uma política de rastreamento e diagnóstico precoce dos casos, como ela descreve em nota enviada à imprensa.

Fonte: Revista GALILEU